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terça-feira, maio 29, 2007

Poço


O amor me trouxe cólera. Destempero. Despreparo.
Deu-me tristeza. Rancor. Amargura. Desespero.
O amor não valeu nada, não valeu a pena, foi puro desengano.
Desafeto que ainda corrói minha alma.
Queima e arde para meu desencanto.
O amor me trouxe fuga. Ira. Fúria.
Deu-me dor. Mentiras. Falsidades. Traições.
O amor morreu e não quero ressuscitá-lo.
Não quero o seu bem.
Não quero o meu bem.
Não quero ninguém.


Janaina Pereira

sexta-feira, maio 25, 2007

Há 30 anos, numa galáxia não muito distante daqui...


(para ler ouvindo "A marcha do Império", de John Williams)


Eu já assisti a milhares de filmes em minha vida, mas um, em especial, causou uma mudança radical na minha relação com o cinema. Quando eu tinha oito anos de idade, descobri "Guerra nas Estrelas". Assisti a primeira trilogia pela TV, pois eu tinha só dois anos quando o filme estreou nos cinemas e virou febre nacional - mas lembro bem das crianças e adolescentes com máscaras de Darth Vader no carnaval carioca. Não vi as sequências no cinema porque minha mãe achava tudo violento demais. Imagina, se aquilo era violência, nem sei o que dizer o que o cinema inventaria depois.

Gostei de "Guerra nas Estrelas" à primeira vista, e para mim o filme é um marco. Foi por causa dele que me apaixonei pela ficção científica e viria a descobrir, ainda criança, clássicos como "2001, uma odisséia no espaço" e "Blade Runner". Foi Star Wars que me fez acompanhar a carreira de Harrison Ford, o ator que interpretou os três persoangens mais marcantes do cinema -Indiana Jones, Han Solo e Dekkard, e ainda me proporcionou descobrir o brilhantismo das trilhas sonoras de John Williams.

Eu nunca quis ser a Princesa Leia - aquele cabelo dela era de matar - mas queria um sabre de luz. Eu gostava da história, das nuances dos personagens, da luta do bem contra o mal, e até curtia quando o Vader se dava bem - porque Às vezes o vilão tem que vencer para o mocinho triunfar.

Nunca esqueço quando, em 1994, o filme foi relançado mundialmente com cenas inéditas e eu pude, finalmente, ir ao cinema para vê-lo. Minha mãe perguntou: "Como você vai ao cinema para ver um filme que você já viu um milhão de vezes?" Respondi: "Eu não vou ver um filme. Eu vou ver Guerra nas Estrelas".

Assisti a trilogia original, e posteriormente, o prelúdio, na década de 90 e início do ano 2000. Apesar de achar os novos episódios inferiores, é impossível não gostar. Fã que é fã critica mas aplaude. E o momento que Anakin vira Vader é único.

Sem "Guerra nas Estrelas" não seria possível chegarmos a "Matrix", "Forrest Gump" e "De volta para o futuro", só para citar alguns filmes de sucesso influenciados por ele. Por isso a saga de George Lucas acompanha gerações, e vai ser, para sempre, uma referência cinematográfica. E que a força esteja com todos nós.


Janaina Pereira

quarta-feira, maio 23, 2007

Na telinha


Todo mundo sabe que eu adoro o Jack Bauer. Ele é o melhor anti-herói já criado pela TV, algo só comparado ao Han Solo de “Guerra nas Estrelas” e ao Indiana Jones do cinema. Bauer é malvado, seco, sarcástico, e até antipático, mas tem bom coração. A série “24 horas” é uma sacada genial, e apesar dos vacilos que já viraram o charme do seriado – Bauer não come, não bebe, não vai ao banheiro, não dorme e a bateria do seu celular nunca acaba – é impossível não curtir as aventuras do herói mais perverso da televisão.

Outra série que deu supercerto é “CSI”. O melhor suspense investigativo da TV – com direito a abertura com a música inconfundível do The Who – é um show de roteiro. As histórias são bem amarradas, as investigações fazem sentido, e as evidências sempre comprovam tudo sem deixar vestígios para a dúvida. Pena que a TV aberta está muito atrasada nos episódios que estão indo ao ar, mas ainda assim é melhor ver as reprises de Grisson e cia do que outras bobagens que passam na TV.

“Smallvile” dividide opiniões, mas até eu, que no começo era radicalmente contra uma suposta juventude do Superman, me rendi aos apelos emocionais do jovem Clark Kent. É divertido vê-lo descobrindo seus poderes ao mesmo tempo que percebe que ser diferente não é nada fácil – isso tudo em plena adolescência, fase que por si só é conturbada. Isso sem falar que ver Clark como amigo de infância de Lex Luthor e Lois Lane, usando roupas com as cores do seu futuro uniforme, e sem voar e sem óculos, é de uma ironia ímpar.

Por fim, para completar o quadro ‘séries que não perco jamais’, tem “Sobrenatural”, uma espécie de “Arquivo X” (que foi a melhor série de todos os tempos), com pitadas do filme “O Sexto Sentido”. Embora o SBT insista em destruir o bom andamento da série – lá se vai a terceira reprise da primeira temporada, em novo dia e horário, sem avisar aos inúmeros fãs do seriado – os episódios apresentam demônios e fantasmas que andam por aí e são bravamente combatidos pela dupla Dean e Sam, personagens bem definidos nos estereótipos que rondam a TV – Dean é o mocinho-irônico-vingativo-galanteador-amigo e Sam o mocinho-romântico-sensível-inteligente-problemático – e que carregam dentro deles mesmos os demônios e fantasmas que assombram todos nós. Uma sacada interessante, mas que só vale para quem está disposto a levar sustos sem questionar a veracidade dos fatos.

Os seriados são uma das poucas coisas que eu vejo na TV. Pena que não tem mais “Friends”, o mais divertido de todos. Resta me contentar com “Desperate Housewives”, que garante boas risadas.



Janaina Pereira

sábado, maio 19, 2007

Em foco


Eu adoro cinema, e você, leitor desse blog, sabe muito bem disso. Se eu trabalhasse com cinema, no máximo escreveria argumentos de filmes, pois roteiro não é minha praia. Eu gosto mesmo de fotografia em cinema.

Sempre presto atenção nos nomes dos diretores de fotografia e alguns eu acompanho de perto a carreira. Sou apaixonada por filmes – e fotos – em preto e branco, e talvez por isso meus preferidos sejam filmes como “O homem que não estava lá”, “Boa noite e boa sorte” e “Ed Wood”, cujas cenas fotografadas em preto e branco são primorosas.

Outro dia, na aula de fotojornalismo – talvez a que mais esperei, ao lado da aula de filosofia – aprendemos alguns recursos para mudar a imagem, e um deles – o que deixava apenas um objeto colorido numa foto toda preto e branco – me lembrou, de imediato, um filme. “A lista de Schindler” tem a clássica cena do vestido vermelho, a única cor num filme totalmente preto e branco, que indica uma passagem importante da história. Primoroso.

Já vi muitos filmes, mas alguns eu destaco por suas fotografias inesquecíveis.

Em “O homem que não estava lá”, o diretor de fotografia Roger Deakins (“Fargo”, “A Roda da Fortuna”, “Um sonho de liberdade”) dá um show. Nos extras do DVD há um longo depoimento de Deakins, que mostra como foi feita a fotografia deste filme noir dos irmãos Cohen. Este é o caso mais interessante que já vi no cinema, porque o diretor usa um preto-e-branco que cria efeitos ótimos, com muitos contrastes e jogos de luz e sombra que dizem tanto quanto as ações cometidas pelos personagens. Ele explica ainda que dá mais trabalho – e é mais caro - filmar no universo p&b, e isso implica numa exigência maior de toda a equipe técnica, principalmente da maquiagem, figurino e direção de arte. Mas o que chama a atenção em “O homem que não estava lá” é que, por questões financeiras, o filme foi feito a cores, e só depois de pronto Deakins trabalhou as cenas em p&b. Ele explica minuciosamente como o processo é feito, e para quem – como eu – gosta de fotografia, sua entrevista é um prato cheio. Por este trabalho, Roger Deakins ganhou o prêmio Bafta e concorreu ao Oscar.

Um diretor que prioriza muito os recursos fotográficos em cena é Tim Burton, do já citado “Ed Wood”. Burton tem pequenas obras-primas graças a sua habilidade como diretor e a sua parceria com dois grandes nomes da fotografia: Philippe Rousselot, que trabalhou em “Planeta dos Macacos”, “A fantástica fábrica de chocolate” e “Peixe Grande” (um filme extremamente colorido, e que a fotografia é fundamental na narrativa), e Stefan Czapsky, que foi o responsável por “Ed Wood”, “Edward Mãos de Tesoura” e “Batman, o Retorno” (que tem a melhor fotografia de todos os episódios do homem-morcego, graças ao visual gélido que envolve o Pingüim de Danny deVito).

Outro diretor que abusa da fotografia é Pedro Almodóvar. Em todos os seus filmes ele trabalha muito bem com as cores, uma de suas marcas registradas. Para isso, o diretor espanhol conta com uma lista de talentosos diretores de fotografia, como o mais assíduo deles, José Luis Alcaine, responsável pelo colorido kitsch de “Mulheres à beira de um ataque de nervos”, os tons dramáticos de “Má Educação” e “Ata-me” e o vermelho vibrante que enaltece Penélope Cruz em “Volver”; Javier Aguirresarobe, dos tons neutros de “Fale com ela” e o brasileiro Affonso Beato, que deixou sua marca em duas das principais obras de Almodóvar: “Carne Trêmula” e “Tudo sobre minha mãe”.

Não posso deixar de citar o saudoso Kieslovsky, cuja trilogia das cores é um marco do cinema. “A liberdade é azul” – fotografia de Slavomir Idziak - é todo filmado em tons azulados, característica que aparece em “A igualdade é branca”- fotografia de Edward Klosinski - com suas nuances esbranquiçadas, e “A fraternidade é vermelha”- fotografia de Piotr Sobocinski - com o vermelho enaltecendo os caminhos da protagonista vivida por Irene Jacòb.

Entre os filmes nacionais, gosto da fotografia de Breno Silveira para “O homem do ano”, do José Henrique Fonseca, e de Toca Seabra para “O Invasor”, do Beto Brant, porque ambos exploram o caos das metrópoles, em particular nas cenas noturnas. O recente “O ano em que meus pais saíram de férias”, do Cao Hambúrguer, com fotografia de Adriano Goldman, também é bacana por explorar o clima dos anos 70 em sua imagem desbotada.

O ápice da fotografia nacional é “Cidade de Deus”, favorecido especialmente pela estética publicitária de Fernando Meirelles. O filme é um grande clip, onde o roteiro é encoberto pela montagem de Daniel Resende e pela fotografia de César Charlone (ambos indicados ao Oscar), que explora bem os estereotipados personagens. Meirelles, que assim como o já citado Fonseca veio da publicidade, sabe bem da importância da foto. Por isso ele abusa das técnicas fotográficas num filme que é um símbolo do cinema que enaltece a estética da pobreza. Para mim, Meirelles e Charlone só se redimem do ‘conceito publicitário de imagens’ em seu segundo filme, o majestoso “O jardineiro fiel”, esse sim um excelente objeto de estudo, por retratar a pobreza africana sem falso moralismo, e por fazer do jogo de cores quentes e frias um recurso para mostrar as diferentes trajetórias dos personagens de Ralph Fiennes e Rachel Weisz.

Além da fotografia, outra paixão que tenho no universo cinematográfico é a trilha sonora. Mas isso é assunto para outro texto.


Janaina Pereira

sexta-feira, maio 18, 2007

Oh capitão, meu capitão


A frase do título vem de um poema, que eu adoro, recitado no filme "Sociedade dos Poetas Mortos". Um capitão pode mudar o rumo da nossa vida para sempre. Este capitão, o líder que marca nossos caminhos, é aquele que ensina, que é admirado, que mostra a luz na escuridão. Capitão, líder, mestre: todos nós precisamos de um. E alguns de nós poderá ser, um dia, o capitão, o líder ou o mestre de alguém.

"Liderança é uma escolha que se faz, não um lugar em que se senta". Esta frase de John C. Maxwell define bem o que os líderes deveriam pensar – e como deveriam se comportar. Ser líder não é fácil, e muitos escolhidos para um cargo de liderança nunca quiseram estar lá. E tantos outros que estão, não sabem o que fazer.

O bom líder é aquele que, antes de mandar, sabe obedecer. Ele ouve, mas se impõe. Ele não grita, ele age. Ele não pede, ele faz para mostrar aos outros como se fazer. O bom líder sabe o caminho das pedras e passa por elas. É alguém que transmite confiança, exige, mas estimula. O bom líder direciona com argumentos. E, definitivamente, liderança não se aprende na escola.

Ser líder é uma das tarefas mas árduas que a vida pode nos fazer passar. Nem sempre é fácil ganhar a confiança dos outros, até porque o líder nem sempre é visto com bons olhos. Ele é o ditador, tirano,

O verdadeiro líder também impõe as regras e faz com que elas sejam cumpridas. Ele assume erros para si, mas não culpa os outros. Ele cobra porque alguém precisa cobrar.

Bons líderes são carismáticos e conquistam legiões de fãs. Eles sempre serão vencedores sem precisar pisar na equipe. O mundo precisa de bons líderes. Pena que a idéia de liderança esteja distorcida e só os arrogantes estejam no comando.


Janaina Pereira

quarta-feira, maio 16, 2007

A economia que cabe nos jornais não cabe no seu bolso


Cresci com diversas visões da nossa economia, todas relacionadas a planos que congelavam os preços e cortavam zeros da nossa moeda. Já comprei balas com cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro novamente, e até precisei converter o valor das balinhas para a URV, que virou o real. A economia sempre fez parte do meu dia-a-dia, assim como sempre deixou meus pais com mais cabelos brancos a cada novo governo.

Trabalhar com jornalismo econômico não estava nos meus planos, talvez porque o economês dos jornalistas tenha me afastado dessa área. Mas é o jornalismo econômico que habita nossas vidas, bem mais que a cultura e o esporte. Você só se interessa por esporte enquanto seu time está bem no campeonato e a cultura só chama a atenção se está em cartaz algo que lhe agrada. Mas todo mundo quer saber sobre o aumento do salário mínimo, se a poupança vai render mais este mês e se os juros do cartão de crédito vão subir. Isso é economia. O problema é que tudo que é relacionado a este assunto pode até nos interessar, mas nem sempre entendemos. Ou não deixam a gente entender.

O ministro da Economia é conhecido pelos brasileiros, até mais que o vice-presidente da República. Os jornais nem sempre têm um comentarista esportivo de plantão, mas o comentarista econômico está sempre lá, com uma linguagem particular, e o seu jeito aparentemente mais inteligente e mais esperto. Ele fala coisas que não sabemos muito bem o que é, porque sabe de economia como ninguém. Mas e a dona de casa que dribla o baixo orçamento da família para fazer as compras do mês, será que ela também entende de economia?

O problema pode não ser a suposta superioridade dos jornalistas econômicos, mas a falta de familiaridade dos brasileiros com o assunto. Todos nós estamos, diariamente, relacionados aos aspectos econômicos, mas não necessariamente temos conhecimento disso. Economia não é apenas a queda do dólar e os investimentos da bolsa; é tudo que mexe com o seu bolso, até o que você não vê, ou será que alguém aí sabe que o superávit primário poderia gerar investimentos na saúde e na educação?

E quando os jornalistas econômicos falam sobre o assunto com tranquilidade? O economês desfila pelas redações com a mesma desenvoltura que aparece nos noticíarios, mas isso não significa que os próprios jornalistas entendem o que dizem. O jornalista econômico nem sabe direito o que está escrevendo, mas o importante é que quem entende do asssunto vai ler e achar aquele jornalista... inteligente e esperto. E quem não entende terá a mesma impressão.

Não estamos mais no fundo do poço econômico, mas ainda estamos no poço. E é justamente essa economia que nunca se estabiliza que gera notícia e faz do jornalismo econômico uma área enigmática e incompreendida.


Janaina Pereira

segunda-feira, maio 14, 2007

Pílulas


A fila anda. Mas ela está comprida nesse momento, acho que quem chegou por último vai ter que esperar um tempão para conseguir ser atendido. Então... pega a senha.


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Eu aceito perder até para o Madureira. Mas para o Flamengo, e nos pênaltis, ninguém merece. Têm coisas que só acontecem ao Botafogo mesmo...


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Sou mais carioca em São Paulo do que no Rio. Então nunca mais volto para casa.


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Isso sem falar que em Sampa meu sotaque é motivo de situações inusitadas.

“Você é carioca?”

“Sim.”

Olhos masculinos brilham e a conversa toma outro rumo. Não consigo entender porque meu sotaque é um fetiche, mas tudo bem, eu ouço (contrariada) a cantada. Só que, ao contrário do que a maioria pensa, nem toda carioca dança funk e faz topless na praia.


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E a fila continua andando.
Imitações do meu jeito de falar. Essa é a segunda pista de que o cara se interessou. Seis anos de São Paulo e os homens repetem os clichês.

O que eles não entendem é que ninguém nunca me escolheu. Eu sempre que escolhi. Tudo bem, muitas escolhas foram péssimas. Mas a escolha sempre foi minha.


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Dez anos depois, descubro que o verdadeiro amor nunca vai morrer. Ainda que a gente lute bravamente para não ceder, porque sabemos que nunca vai dar certo. Mas isso não significa que deu errado.

Foi muito bom enquanto durou.
E eu poderia ter te amado para sempre.



Janaina Pereira

quinta-feira, maio 10, 2007

O Papa é pop



Já dizia a música que o pop não poupa ninguém. Não mesmo. O papa, que é pop, está transformando São Paulo num caos. O trânsito da cidade ficou ainda pior com a badalada visita de Bento XVI. Eu sei que é uma grande pauta, mas eu acho um exagero todo o transtorno causado pela visita do Papa e o excesso de ‘passo a passo’ na rotina brasileira do Sumo Pontífice.

Bento XVI não é carismático, mas anda sorrindo quando vê um flash. O povo chora, grita, aplaude. A fé é algo poderoso e um assunto que me fascina, mas a adoração pelo Papa eu acho bastante exagerada. Maneiro era o João Paulo II, que eu vi tete-a-tete da última vez que ele veio ao Brasil, em 1997. JP, branquinho e simpático, tinha um carisma único e sua agonia ao morrer o transformou num símbolo eterno para a Igreja Católica. Eu, que nem sou católica, não consigo achar graça no Bento XVI mas tudo bem, ele sta aqui me fazendo perder horas no trânsito e xingá-lo constantemente.

Dizem que o Papa não veio para falar de aborto, mas ainda que não fale oficialmente, o assunto está em alta. Mais cedo ou mais tarde o aborto vai ser liberado, porque isso é necessário. Eu sei que é difícil admiti-lo, mas é importante aceitar como deve-se aceitar a eutanásia. Mas esse papo fica para outro post.

Enquanto isso, São Paulo está vivendo seu momento pop. Há coisa mais pop do que metrô lotado? Pois é. A benção, Bento XVI.


Janaina Pereira

terça-feira, maio 08, 2007

Romaria

(Renato Teixeira)

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre meu cavalo
É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a só

(Refrão)
Sou caipira, pirapora, Nossa
Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
À custa de aventuras
Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte, eu não sei, nunca vi

Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Pra pedir de
Romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar

domingo, maio 06, 2007

Por aí


Dizem que as pessoas vem e vão nas nossas vidas porque tem que ser assim.

As pessoas passam. Cumprem suas funções e depois...passam. Será?

Fico me perguntando como amizades que pareciam ser tão sólidas e verdadeiras se transformaram em nada. Às vezes é até constrangedor ter que falar com certas pessoas que um dia foram tão íntimas e próximas.

Éramos amigos, companheiros, irmãos.

Hoje somos estranhos.


Janaina Pereira

sábado, maio 05, 2007

Os infiltrados


Dizem por aí que o mundo está cheio de pessoas vazias. Mas acho que ainda existem poucos revolucionários, pessoas que lutam pela mudança mesmo que seja do seu pequeno universo (casa, família, trabalho).

Havia uma época em que ser idealista era a maior qualidade de uma pessoa. Hoje, parece um defeito. Mas ainda acredito que ter um ideal vale a pena.

Pelas conquistas do passado, pelas glórias do futuro, e por fazer do meu presente algo que realmente vale a pena, algo inesquecível: obrigada.


Janaina Pereira

terça-feira, maio 01, 2007

Gabo


Sabemos que no Brasil ler é para poucos. Conhecer os clássicos da nossa literatura, só se for no regime forçado da escola. Os clássicos mundiais também não fazem parte da vida de muitos.

O Código da Vinci todo mundo quer ler. Mas a literatura vai além disso.

Em dezembro de 2005, quando comecei a ser editora do Inove, uma coisa me chamou a atenção no professor Alexandre - meu orientador no jornal: a paixão pelas obras de Gabriel Garcia Márquez.

Eu já tinha lido "Cem anos de solidão", mas comecei a perceber no entusiasmo do Alexandre como Gabo é um divisor de águas para quem gosta de ler.

Esperei muito tempo para fazer essa matéria, e fiz para mostrar aos jovens, muitos deles que estudam comigo, que existem livros que você precisa ler para entender as entrelinhas da vida - e que eles serão úteis no exercício de todos os que fazem das letras o seu ofício.

Para o professor Alexandre, eu, você e todos os fãs de Gabo.
Mas especialmente para você que ainda não descobriu quem é Gabriel Garcia Márquez.


Leia o Inove


Janaina Pereira

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