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quarta-feira, outubro 25, 2017

Bullyng


Sofri bullyng na escola, em uma época que o problema não tinha esse nome. Sempre fui motivo de chacota dos (e das) coleguinhas, desde muito pequena. Era magra demais, dentuça e - o pior de tudo, para os outros - tinha cabelo crespo. A medida que crescia, a coisa piorava. Tanto que passei dos 10 aos 13 anos só usando cabelo preso, para evitar que os meninos jogassem bolinhas de papel no meu cabelo (sim, faziam isso e riam muito).

Também sofria por ser boa aluna, outro fato que me perseguiu até na faculdade. Aliás, na faculdade a coisa foi grotesca também. E quando fiz jornalismo, já depois dos 20 e antes dos 30 anos, e já morando em São Paulo, era discriminada por ser carioca. Sofri até bulyng virtual, quando descobri uma página fazendo chacota de mim. Isso não me tornou uma pessoa amargurada, mas certamente me deixou triste em muitos momentos. Eu me sentia inferiorizada, feia, só enxergava os meus defeitos. Pra ser sincera, em vários momentos da adolescência eu me achei a pessoa mais feia do mundo. E foi lá, na adolescência, que eu vi o quanto o se humano é perverso e cruel.

O que aconteceu em Goiânia é tão horrível quanto previsível. Os pais não enxergam e não entendem, os professores talvez ainda não saibam lidar com isso, e o resto do mundo ignora o bullyng. Ignoram o quanto ofender aquilo que você acha que é um 'defeito' do outro pode causar um transtorno enorme. Ainda sofro discriminação: por ser mulher; por não fazer isso ou aquilo para agradar os outros; por ser magra e por ter cabelos crespos. As coisas não mudaram, mas provavelmente eu mudei muito: podem me detonar o quanto quiserem, já faz tempo que me olho no espelho e aprendi o meu valor. Que, aliás, é muito maior por dentro do que por fora.

segunda-feira, outubro 23, 2017


If


I just wanted to see you, I didn´t want to know you. Because if I know you, know that you are imperfect, and so I will disappoint. (perfect dialogue of the movie Tyrannosaurus)

segunda-feira, outubro 16, 2017





Aquilo que nós fazemos é apenas uma gota no oceano, mas se não fizéssemos, o oceano teria uma gota a menos”. (Madre Tereza de Calcutá)

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